INN2023 | Chamadas para comunicações

Nos tempos atuais, inovar acarreta uma dimensão cumulativa, fluida e paradoxal: os novos contextos e o ritmo a que se sucedem as mudanças não a tornam numa opção. Inovar parece ser algo mandatório, mas não existe uma fórmula única.  Acima de tudo, inovar implica logo uma questão: Porquê? E a seguir outra: Como? Os primeiros estudos na área da inovação nos media refletiram a prioridade dada na indústria à inovação tecnológica (Pavlik, 2013; Posetti, 2018). No entanto, o carácter multidisciplinar e convergente da inovação nos media exige o reforço de linhas de investigação em várias dimensões – da inovação narrativa à social, da financeira à inclusiva, da responsável à sustentável – e  associadas a várias temáticas, como o jornalismo, estudos do áudio e outros formatos, competências e literacia mediáticas, bem-estar e contextos laborais, ou produção mediática nas restantes indústrias criativas; em suma, é necessário explorar o conceito de inovação de um ponto de vista conceptual e performativo no setor dos media e fora dele.

A INN 2023 – I International Conference on Media Innovation, em edição bilingue, é dedicada ao tema “(Per)forming Innovation” e apresenta também uma estrutura inovadora: um makeathon para doutorandos e jovens investigadores, workshops e masterclasses, discussões teóricas, debates com profissionais, sessões híbridas, residências artísticas e ainda a primeira edição de prémios de inovação nos media.

Há chamadas para dois formatos: comunicações e propostas para residências artísticas e de investigação.

No formato de comunicações, incentivamos contributos que se foquem na inovação nos media e noutras indústrias criativas, em particular:

1. propostas de novas metodologias associadas ao estudo da inovação nos media;
2. reflexões e análises sobre os campos em estudo e enquadramento na sociedade;
3. estudos empíricos que se enquadrem na inovação narrativa (conteúdos, conceitos, formatos, estruturas e géneros), digital (uso da tecnologia), social e inclusiva (com foco na acessibilidade ou inclusão), financeira e sustentável (com foco no modelo de negócio, numa perspetiva responsável);
4. estudos sistematizados ou empíricos relacionados com inovação em formatos (som, imagem, vídeo, texto, realidade virtual e aumentada, etc.), produtos (noticiosos, culturais ou de lazer) e plataformas digitais (como apps, redes sociais, websites ou metaverso), especificamente no contexto jornalístico, editorial e/ou do entretenimento;
5. estudos empíricos sobre o impacto da inovação nas rotinas, bem-estar, contextos e práticas dos profissionais dos media e outras indústrias criativas; relação entre inovação, modelos organizacionais e empreendedorismo;
6. estudos empíricos sobre inovação em especializações ou áreas do jornalismo (como jornalismo de investigação, jornalismo cultural, jornalismo de tendências ou jornalismo de ciência);
7. estudos empíricos relacionados com o impacto da inovação na participação dos públicos, nas competências e literacias mediáticas.
8. estudos empíricos relacionados com inovação no uso de plataformas, formatos e narrativas em contextos fora dos media, como equipamentos e serviços culturais e criativos, expressões artísticas, saúde ou ambiente.